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Alergias

 

 

 

 

Quais as alergias mais comuns nas crianças?

Às vezes se tem a impressão que todo mundo é alérgico! E, de fato, as doenças alérgicas estão entre as enfermidades mais frequentes na população pediátrica, especialmente se considerarmos as doenças não infecciosas.

É importante saber que as alergias são resultado de uma resposta inadequada do nosso sistema de defesa – o sistema imunológico – que interpreta como inimigos uma série de substâncias do nosso dia a dia. Ácaros presentes na poeira da casa, epitélio de animais como cães ou gatos e bolor estão entre os principais desencadeantes de alergia, mas alimentos como o leite de vaca e a clara de ovo ou mesmo medicamentos também podem levar a desencadeamento de sintomas.

De um modo geral, as alergias podem acometer até 20% da população pediátrica, sendo as manifestações respiratórias as mais frequentes. Um grande estudo epidemiológico concluiu que, no Brasil, cerca de 25% dos adolescentes podem apresentar alguma alergia, com destaque para a rinite alérgica. Na sequência temos a asma e a conjuntivite alérgica. A dermatite atópica, uma doença alérgica de pele, pode acometer até 10% das crianças, que apresentam sintomas como lesões descamativas e uma coceira que traz um grande comprometimento da qualidade de vida. Finalmente temos as alergias alimentares, sendo a alergia à proteína do leite de vaca a mais frequente aqui no Brasil. Embora menos frequente, a alergia alimentar é a causa mais comum de anafilaxia, um evento alérgico grave que pode colocar a vida das crianças em risco.

Estamos diante de doenças frequentes que precisam ser diagnosticadas e adequadamente tratadas.

Primeiros sinais de alergias na infância

Os sinais mais comuns das alergias respiratórias são a coceira no nariz e espirros frequentes, podendo ser acompanhados de secreção e entupimento nasal. Quando esses sintomas acontecem repetidamente podem indicar rinite alérgica. Muitas vezes, a criança também apresenta vermelhidão nos olhos e lacrimejamento constante.

Um sinal de alerta que deve ser avaliado rapidamente é a tosse seca com dificuldade para respirar. As crianças pequenas comumente apresentam tosse acompanhada de barulho de assobio (chiado no peito). Os pais devem observar a presença de tosse ao brincar, ao dar risada e ao esforço físico, pois a presença desses sintomas ajuda no diagnóstico de asma.

Alguns sinais são perigosos e devem ser avaliados imediatamente pelo médico, como coceira e vermelhidão com placas inchadas na pele, vergões, inchaço nos lábios, língua, orelhas ou olhos com sensação de desconforto na garganta, falta de ar, dificuldade para respirar, rouquidão e até sensação de desmaio. Esses sintomas podem ser causados por alimentos, medicamentos, picada de insetos e outros agentes.

Os sinais de pele que aparecem com maior frequência pela primeira vez nas crianças pequenas são as lesões avermelhadas, úmidas, que coçam muito e pioram de intensidade à noite, acometendo o rosto, couro cabeludo e superfície extensora do corpo. Permanecem piores por um tempo e depois melhoram. Essas lesões são características da dermatite atópica.

Outros sinais como dor abdominal, excesso de gases, vômito, diarreia, prisão de ventre e dificuldade de alimentação podem estar relacionados a alergias alimentares.

Como prevenir alergias na criança

O tratamento das alergias em crianças envolve o uso de medicamentos e medidas de profilaxia (prevenção) ambiental. É essencial que os pais/responsáveis tenham conhecimento desses procedimentos relacionados com a prevenção da exposição da criança alérgica às substâncias que provocam alergias e que tenham envolvimento na execução dessas medidas no domicílio em que a criança reside.

As principais medidas de prevenção das alergias são:
1. Evitar carpetes, tapetes, cortinas e quaisquer outros móveis estofados de tecidos que sejam depósitos de poeira.
2. Proteger colchões e travesseiros com capas de material sintético (antiácaros).
3. Evitar cobertores de lã ou chenile, dando preferência para colcha de piquê, algodão ou edredon de material sintético.
4. Lavar a roupa de cama semanalmente em água quente.
5. Manter o quarto bem arejado e ventilado, procurando evitar umidade e mofo.
6. Preferir pintura lavável nas paredes.
7. Fazer a limpeza da casa exclusivamente com pano úmido e aspirador de pó. Evitar vassouras, escovas, panos secos ou espanadores. Estes mesmos cuidados devem ser tomados com o automóvel.
8. Retirar a criança do domicílio no horário de limpeza.
9. Não utilizar umidificadores ou vaporizadores porque estimulam o crescimento de ácaros e fungos.
10. Evitar animais domésticos como cachorros, gatos e pássaros dentro do domicílio.
11. Evitar brinquedos de pelúcia ou tecido.
12. Manter armários, depósitos, caixas de brinquedos e bibliotecas limpos e fechados.
13. Não utilizar inseticidas, tintas, desodorantes ambientais e outras substâncias de odor ativo.
14. Evitar talcos e perfumes.
15. Não fumar em recintos fechados como domicílio ou automóvel.
16. Estimular a criança a praticar esportes ao ar livre.
17. Manter limpos os filtros de aparelhos de ar-condicionado, tanto no domicílio como no automóvel.
18. Se houver paredes ou móveis mofados, preparar solução aquosa de hipoclorito de sódio ou ácido fênico a 5% e borrifar sobre as partes atingidas, até que seja possível reparo definitivo.

Alergia: quando levar ao médico?

Alergias podem causar uma grande variedade de sintomas e frequentemente interferem com a qualidade de vida. Em alguns casos extremos podem até colocar a vida em risco. Portanto, sempre que há suspeita de alergias (vide primeiros sinais) recomenda-se procurar um médico. Ele poderá auxiliar a diagnosticar corretamente a doença, identificar as substâncias que causam os sintomas, ensinar como evitá-las e prescrever medicamentos para controlar os sintomas da alergia, se necessário.

Nos casos leves e não complicados, deve consultar com seu médico pediatra. Já os casos mais complicados, quando há dúvidas sobre as substâncias que causam os sintomas ou se o tratamento prescrito não traz o resultado esperado, recomenda-se uma consulta com o médico especialista em alergia. Agora, nos casos graves, como na anafilaxia (reações fortes com falta de ar, desmaio, choque), uma consulta com o especialista é indispensável.

O médico alergista vai auxiliar em:
• Confirmar se os sintomas são causados por alergia – muitas vezes os sintomas se confundem com outras doenças como resfriados, intolerância alimentar, efeitos colaterais de medicamentos, etc.
• Identificar as substâncias responsáveis pela alergia fazendo exames mais específicos, como testes cutâneos, teste de contato, testes de provocação e exames laboratoriais. Sabendo o que realmente causa ou não causa os sintomas ajuda a prevenir as crises.
• Prescrever o tratamento mais adequado para controlar os sintomas da alergia – muitas vezes o tratamento requer várias medicações e necessita reajuste conforme a gravidade dos sintomas.
• Acompanhar a eficácia do tratamento – muitas vezes o tratamento requer várias medicações e necessita reajuste conforme a gravidade dos sintomas.

Fonte: Departamento Científico de Alergia e Imunologia da SPSP.

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